A pesquisa de mercado, mídia e opinião evoluiu muito nestes 70 anos de história. Hoje temos um mercado forte, em sintonia com os movimentos globais, empresas fortemente consolidadas, organizadas em uma associação reconhecida no mercado e profissionais respeitados no Brasil e no mundo.
Muitos desafios estão no horizonte, envolvendo: 1) reconhecimento da profissão; 2) regularização da situação dos profissionais, especialmente de campo; 3) inserção definitiva no mundo digital, como ferramenta de coleta, de pesquisa de fontes secundárias, de relacionamento com o mercado e de relacionamento e recrutamento de entrevistados; 4) maior conhecimento dos mercados do clientes e análises e recomendações mais focadas nas decisões de negócios; 5) pressão de redução de preços pelo mercado; entre outros.
Como dito no início, a história pode ser sempre fonte de aprendizados. Os dois modelos listados anteriormente têm inúmeras contribuições para pensar o futuro da atividade de pesquisa.
Mais do que opor estes modelos, deveria ser pensado em sínteses que podem ser construídas garantindo o melhor de cada um deles:
– Orgulho de ser pesquisador e orgulho de trabalhar em empresas fortes e lucrativas;
– Prazer em gerar novos conhecimentos e prazer em ajudar os clientes em aplicar esse conhecimento nos seus negócios;
– Cuidado no planejamento e na execução e obsessão para utilizar as novas ferramentas para fazer os estudos de forma mais rápida e eficaz;
– Valorização da coleta de dados, em todos os seus aspectos (processos, profissionais, parceiros, tecnologia, qualidade, etc.), como algo fundamental e até mesmo identificador da atividade;
– Equipe multidisciplinares, juntando profissionais de ciências sociais (psicólogos, sociólogos, antropólogos), exatas (estatísticos, engenheiros, analistas de sistemas), econômicas (economistas, contabilistas), de administração de empresas, e diversos outros que podem contribuir para uma visão mais ampla dos estudos (advogados, médicos, biólogos, etc.);
– Valorização do profissional técnico como elemento fundamental no planejamento, execução e análise dos projetos; valorização do profissional menos técnico, vindo dos diversos mercados de atuação, que podem melhorar o diálogo entre a pesquisa e o negócio; valorização do gestor, que auxilia a melhorar os processos e o negócio como um todo; valorização dos empreendedores, que levam a pesquisa para novas frentes;
– Compreensão de que dificilmente uma única pessoa terá excelência em todas essas áreas;